A região da América do Sul ainda não possui uma integração das redes de internet, o que faz com que o hub usado esteja localizado em Miami, nos Estados Unidos. Na visão de Marcio Augusto de Deus, da Globenet, há condições para esta integração, mas ela passa por interesses relativos aos conteúdos, pela política de integração e por desafios técnicos e econômicos.    Em sua apresentação no evento PTT Fórum 8, realizado pelo NIC.br, nesta semana em São Paulo, o executivo explicou que, enquanto a barreira da língua não é um grande problema, os desafios técnicos incluem o esgotamento do IPv4, a intensificação do uso do IPv6 e os sistemas de transmissão terrestres. O uso recente de novas tecnologias de acesso que solicitam mais capacidade entre as redes e o entendimento do trafego e da necessidade de modelos para previsão dele foram outros pontos levantados por Marcio de Deus. Já sob o ponto de vista econômico está os altos custos para integração, o que aumenta a necessidade da existência de negócios locais para justificar o investimento. No entanto, em algumas cidades, principalmente do interior do Brasil, a conta ainda não fecha; falta demanda que consiga trazer o ROI para quem passar a rede. “É necessária uma maior integração econômica e social entre os países da América do Sul. O uso da tecnologia de cabos submarinos é imprescindível para transpor barreiras geográficas”, destacou Marcio de Deus. Na Argentina, conforme explicou Hernan Seoane, da Cámara Argentina de Internet, os PPT não são administrados pelo “.ar”, mas por uma associação de provedores de internet, a Cabase, que foi fundada em 1989. Quase dez anos depois, em 1998, a Cabase inaugurou o primeiro PTT privado da América Latina e, em 2010, a associação começou com os pontos regionais de troca de trafego no interior daquele país. Atualmente, a Argentina conta com 11 PTT, todos interconectados em um roteador central. A meta é chegar a pouco mais de 20 PTT, lançando mais três ainda neste ano e inaugurando outros nove ao longo de 2015.