O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, enfatizou durante a abertura da 16ª edição da Futurecom, evento realizado de 13 a 16 de outubro em São Paulo, que o grande desafio do País é promover a universalização da internet de modo que ela fique disponível para todas as pessoas assim como os serviços de água e eletricidade. “É preciso avançar nesta agenda”, frisou. Durante seu discurso, Bernardo fez um balanço da evolução do mercado de telecomunicações nos últimos quatro anos, ressaltando os avanços na inclusão digital e o aumento na penetração dos serviços de internet nas regiões Norte e Nordeste. “Inserimos as regiões mais carentes no cenário de telecom. Hoje, Brasil tem mais de 105 milhões de internautas.”  No entanto, para fazer a internet chegar a todos os municípios brasileiros, o ministro afirmou que será preciso trabalhar com as diferentes e combinadas tecnologias. “3G e 4G são fundamentais na questão do crescimento da banda larga. Não vamos conseguir passar fibra ótica para atender a todas as cidades, devido ao tamanho do Brasil”, destacou, enfatizando que a composição se dará com fibra ótica, rádio e satélite para prover internet tanto nas áreas metropolitanas como nas regiões mais remotas.  Bernardo também aproveitou a oportunidade para elencar as mudanças promovidas pelo governo desde 2011, tais como incentivo para implantar novas redes, desoneração de dispositivos e para conexão máquina-a-máquina, modernização regulatória, plano geral de metas de competição, Snoa, redução da taxa de interconexão e aprovação dos regulamentos de qualidade para banda larga fixo e móvel. Sobre o que não foi atingido nos últimos anos, Bernardo citou a importância de aprovar a lei das antenas, que será fundamental para desburocratizar a instalação de infraestrutura. “Quem sabe ainda dá tempo neste ano.”