Sem IPv.6, a Internet das Coisas não decola no Brasil

11 de setembro de 2014

por Ana Paula Lobo e Luis Osvaldo Grossmann

Sem IPv.6, a Internet das Coisas não decola no Brasil. A advertência é da assessora especial do BNDES, Margarida Baptista. Segundo ela, a hora de pensar no futuro é agora. A acessibilidade será fundamental. E sem endereços IPs não teremos como suportar todas as demandas, frisou.Margarida, que participou do 58º painel Telebrasil, realizado nos dias 09 e 10 de setembro, em Brasília, diz que é hora de o Brasil decidir o que quer fazer com os objetos conectados. “Os países estão com programas de 20, 30 anos para dar conta dessa realidade e usar como ferramenta para solução de seus problemas. É uma tecnologia de futuro, mas é urgente uma decisão agora. E a migração do IPv.4 para o IPv.6 se faz urgente. “Precisamos ter endereços IP suficientes para suportar tudo”, completa.Para o diretor de relações governamentais da Qualcomm, Francisco Giacomini Soares, o Brasil ainda está longe de uma política para Internet das Coisas. “Os incentivos do governo aos serviços M2M são importantes, mas não são suficientes. É preciso pensar, entender quais são os motivos por que isso ainda não decolou com a força desejada. De todos os exemplos citados, não temos nem metade no Brasil”, resume.E eles são vários. Sensores em carros, casas e mesmo nas pessoas são lsitados entre as maravilhas da apelidada Internet de todas as coisas. Mas sequer a esperada desoneração das comunicações máquina a máquina, prevista em Lei ainda em 2012, sofre para se materializar. O Decreto (8.234) veio em maio deste ano, mas ainda depende de uma Portaria do Ministério das Comunicações. “A Portaria está pronta, estamos nos últimos ajustes”, garante o diretor de Indústria, Ciência e Tecnologia do Ministério das Comunicações, José Gontijo. Ele não se compromete, no entanto, com prazo para efetiva publicação. “Esperamos que saia antes de completar um ano”, emenda. Dados do Minicom dão conta que com o Decreto nº 8234, que regulamenta a desoneração para as comunicações M2M, as operadoras devem conseguir obter um impacto fiscal de R$ 110 milhões em 2015.

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