Dilma Rousseff defende investimento com dinheiro público para expansão da banda larga

09 de setembro de 2014

por Roberta Prescott

A expansão da banda larga é o maior desafio de infraestrutura no País, afirmou a presidenta da República e candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff. Ela foi a primeira candidata a aceitar o convite para participar do Diálogos Conectados, promovido pela campanha Banda Larga é Um Direito Seu e realizado nesta terça-feira (9/9) em São Paulo. Durante cerca de uma hora, Dilma Rousseff defende investimento com dinheiro público para expansão da banda debateu com especialistas do setor e afirmou que a universalização da rede só deverá ocorrer se houver investimento de dinheiro público. “Eu acredito que esse seja o maior desafio de infraestrutura que nós temos. E quero dizer que não acredito que ele possa ser feito sem dinheiro público. Dinheiro público que eu falo são duas coisas: Orçamento Geral da União e financiamento subsidiado. Sem esses dois elementos não sai banda larga”, disse à Agência Brasil, antes do debate. Além dos investimentos públicos, a candidata afirmou que a expansão da rede de banda larga depende também do setor privado, mas que ele deverá estar sujeito às metas estipuladas pelo Poder Público. Ela sugeriu que a universalização seja baseada na legislação. “A universalização é lei; lei para mim é pública, é obrigado a fazer e ponto. Se não fizer com meta clara, o prazo é tal, tem de dar tal velocidade, que não é só falar que chegou a sua casa, eu quero saber qual é a velocidade, qual é a capacidade, e como está sendo feita a conexão”, disse. Ainda sobre a universalização da banda larga, Dilma Rousseff explicou, de acordo com o site Muda Mais, citando uma entrevista ao Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (SEESP), que a participação do setor público é “absolutamente imprescindível” já que a estrutura é cara, pois implica a expansão de fibras óticas e de equipamentos de última geração, o que poderia gerar o desinteresse do setor privado em localidades com nenhum ou pouco retorno financeiro. “Nos locais que não têm lucratividade, ninguém faz. Ou se faz, faz tratando esse cidadão consumidor de banda larga como sendo um cidadão de segunda categoria”, afirmou.  Mudança na equipe — A Agência Brasil reportou ainda que, questionada sobre mudanças em sua gestão, caso seja reeleita, Dilma Rousseff disse que “todo governo novo terá uma equipe nova”, mas não adiantou o perfil dos novos membros. Ela ressaltou, no entanto, que o ponto fundamental de visão de seu governo não será alterado.

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