Provedores de menor porte adotam roteadores de baixo custo baseados em software aberto

25 de julho de 2014

por Roberta Prescott

Provedores de menor porte adotam roteadores de baixo custo baseados em software aberto
Provedores de internet, especialmente os de menor porte, têm buscado plataformas de roteadores de baixo custo baseadas em software aberto para reduzir custo de implantação e manutenção das redes de serviços. Foi este o caso do provedor Diretrix, do município de Urubici, no interior de Santa Catarina,  e da Fox Conexão, que atua na cidade de Montes Claros (MG).  Desde que começou a atuar, a Diretrix optou pelo MikroTik RouterOS, que permite que qualquer computador convencional se torne um roteador de baixo custo, com funções como VPN (rede privada virtual), servidor dedicado tipo Proxy, serviços de  controle de banda para o provedor, funções de medição da qualidade (Qo) e segurança (firewall). Quando eu fundei o provedor, há oito anos, avaliei diversos modelos e vi esta seria a melhor solução, destaca Matheus Mato de Lima, diretor-técnico e dono da Diretrix. A licença é muito barata.  A Fox Conexão também adotou o Mikrotik desde o início de suas operações como roteador de acesso aos clientes, como servidor de IP e controle de banda. Há cerca de três meses, o provedor passou a utilizar o Mikrotik também como um dos roteadores de borda, utilizando do protocolo BGP para conexão com uma das operadoras que fornecem link para a Fox. “Até então, os resultados foram positivos, ressaltando a baixa carga de processamento”, diz Sonia Lopes, gerente de suporte da Fox Conexão.  Na opinião da gerente, o roteador baseado em software aberto é uma opção de uso não só para provedores, mas para uso profissional em geral. Já tive experiência de uso do roteador FreeBSD-9.0 como roteador de borda, utilizando OpenBGPd e atendeu muito bem, com total estabilidade.  Além do custo menor, os provedores de internet apontam que a interface gráfica e intuitiva do Mikrotik torna as configurações e manutenções muito mais fáceis e rápidas, importante, principalmente, para profissionais sem muita experiência com roteamento, trazendo mais praticidade ao trabalho.    De acordo com a CloudCampus, centro de capacitação tecnológica a distância, os incentivos do REPNBL (Regime Especial de Tributação do Programa Nacional de Banda Larga), criados pelo governo brasileiro para estimular a instalação de provedores de internet em cidades mais distantes dos grandes centros, está levando a uma rápida multiplicação de pequenos e médios provedores em pequenas cidades.  Apenas ao longo de 2014, a CloudCampus já prestou treinamento para mais de 300 engenheiros e técnicos de redes ligados a pequenos provedores de internet e interessados no uso de tecnologias mais baratas e mais fáceis de usar para a instalação desses serviços. Entre os treinamentos mais procurados estão o que tratam do sistema operacional Mikrotik, uma tecnologia alternativa que vem chamando a atenção dos pequenos provedores.  

leia

também